Sunday, December 31, 2006
a oração da doce simplicidade
o vento chega com uma voz de alegria
abro as janela e portas - frequento assim teus aposentos da sorte
a felicidade acompanha a tua visita, pois tua presença é frequente - eterna
convido-te e muitas das vezes não percebo que o convite é teu - sussurro de luz
agradeço pelo ano, pela liberdade de caminhar sorrindo e pelas pessoas que encontro
é tua face que vislumbro pelos out-doors que a natureza expõe sutilmente a minha alma
fotográfo a imagem mais bela e te escuto em tua arte perene
sutilezas - sabor do divino alimento - o qual saboreio diariamente - não recuso
seria muita desfeita e burrice - por isso trafego em teus pomares e hortas.
agradeço pelo prazer de percorrer caminhos sob a tua presença explícita
amando saber, que mesmo não compreendendo tudo - vislumbro a sabedoria de teu sopro
e assim sinto a verdade que não se impõe altaneira, mas de forma benigna - lucidamente
obrigado amigo - teu nome é simplicidade, leveza, harmonia.
amém
Sunday, December 17, 2006
Papai Noel é um palhaço disfarçado?
Fui ao shopping e pensei, papai noel é um palhaço disfarçado?. Esses palhaços nos pregam cada peça. È preciso sobreviver, e porque não unir o útil ao agradável? Os palhaços nos fazem sorrir o sorriso da infância desnuda, ao longo do ano. Nas calçadas, nos picadeiros da vida, nas praças e ruas assaltadas. Por que não no shopping? Por trás da longa barba branca vi Papai Noel de todas as raças e olhares. Num toque de mágica o nariz vermelho deu cores a indumentária do bom velhinho. Papai Noel faz o sorriso de atônitas crianças e pais que ainda querem acreditar no sonho fantástico(e precisamos - acreditamos em tanta coisa, por que não mais uma?). Esqueçam os que tiram proveitos da situação, sempre haverão os que não acreditam em sonhos e fantasias e mesmo assim, fingem que acreditam(o importante é faturar). Esqueçam os que fingem que acreditam( mas não os percam de vista) , eles estão em todos os lugares, nas Igrejas, no Congresso, negociando nossos vícios , incredulidade e perplexidade. Restou-me uma preocupação, como Papai Noel irá percorrer o Céu do Brasil com toda essa insegurânça? Fui ao shoppinge e pensei, Papai Noel é um palhaço disfarçado?
Tuesday, November 28, 2006
politicamente correto
Transmutando no olhar conluio
o camaleão ganha novas côres.
aperfeiçoa - imita o espaço - unifica
esconde-se no silencio da camuflagem.
politicamente correto reflete o óbvio,
espreita a prêsa, sem pressa- afere
a vítima - o pensamento adormece
e assim eterniza-se, escravo
em sua própria armadilha.
o camaleão ganha novas côres.
aperfeiçoa - imita o espaço - unifica
esconde-se no silencio da camuflagem.
politicamente correto reflete o óbvio,
espreita a prêsa, sem pressa- afere
a vítima - o pensamento adormece
e assim eterniza-se, escravo
em sua própria armadilha.
Monday, November 27, 2006
monolíto
Tuesday, November 21, 2006
Los Hermanos chegaram lá
Novembro está sendo um mês interessante. O poeta apanha as suas tralhas e transforma-se no super esportista- XXII Encontro Nacional de Basquetebol Master rumo Natal capital do Rio Grande do Norte, by plane até Fortaleza (bela cidade) uma aventura no busão descortina paisagem agreste, bem diferente de um olhar verde amazônida. Do lado de fora em alta velocidade passavam mandacarus, jucás, cajueiros enfileirados e pequenos poços de petróleo(cabeça de cavalos mecânico no galope nordestino). Chegamos as 17 horas do dia 13 de novembro de 2006- a noite já esticava as pernas por sobre a cidade hospitaleira. Antes da rodoviária apanhamos o bus 43 e rodamos mais 40 minutos até a praia do meio - descemos e caminhamos 15 minutos pelo calçadão - enfim chegamos gente, ufa!-Natal Praia Hotel
Depois de muitas brigas , desavenças, circos montados os cincoentões "Los Hermanos" conquistaram a tão almejada medalha, num jogo memorável contra os Paulistas. Lembrei de 1969 quando pela primeira vez participei de uma excursão - escrito na frente do ginásio de esportes em São Luiz do Maranhão um trecho de um poema do poeta Gonçalves Dias " A vida é combate que os fracos abate, que os fortes os bravos só pode exaltar"- Companheiros, como diz o Pópó, chegamos lá - chegamos lá manos paraenses, a idade é apenas uma questão de... basquetebol bem jogado, na rua rio pleno de harmonia a hora inexorável acabou de ensinar- basta seguir Gardan e seus amigos pela larga estreita avenida de um caminho infinito- O mundo realmente é uma bola de basquetebol.
Friday, November 03, 2006
Amanhecendo em um dia qualquer de novembro
A poesia chega muitas das vezes em forma de oferenda, tijolo por tijolo na construção vertical das palavras doadas. Assim nasceu este poema, a idéia de alguém acordando seus sonhos e lançando intuitivamente por frestas, a voz interior dos inocentes (nem tanto) seres das noites bem dormidas. Agradeço a você minha irmã Ianê, pelo diamante a mim ofertado ao som de uma caixinha de música e sua balarina (você). Esta poesia é nossa(e agora do mundo).
No início era o verbo
mas a noite se foi
(com angustia)
refugiar-se nos
bolsos da calça jeans
dependurada nos sss
dos suspiros vincados
no travesseiro
Então fez-se luz
flash
adormecendo os
insetos
que bebiam meus
sonhos
sonhos que se
escondiam
nos bolsos do blusão
jeans
e o dia penetrou
por entre coxas e
frestas
e todas as coisas que
dormitavam
escorreram pelos
olhos
da janela viva
Saturday, October 28, 2006
No tempo que Gardan voava...
No tempo que Gardan voava com asas de vento, sopravam sonhos. Viagens que sabiam de velas azúis marinho, garotos afortunados e sem riscos noturnos. Assim era a cidade das mangueiras de bons frutos e campainhas acionadas para o desespero dos moradores das ruas de paralelepípedos. Avenida Generalissímo, Braz de Aguiar, São Jeronimo , Praça Brasil caminhos que conduziam passos leves e risonhos. No tempo que Gardan voava éramos heróis e tinhamos a certeza de nossa eternidade.
Na foto captada em preto e branco, os anjos são azúis em 1965.
Saturday, October 21, 2006
através do furo no escuro
TENTAÇÃO
no amanhã vi
um furo n(o) muro
olharei através do furo
escuro do muro?
futuro
ontem deixei de olhar
o olhar do furo
no amanhã vi
um furo n(o) muro
olharei através do furo
escuro do muro?
futuro
ontem deixei de olhar
o olhar do furo
Sunday, October 15, 2006
a luz na tarde cinza
Através da janela do carro emoldurada tarde cinza surpreende, tece com fios de luz sua serenidade. Não pude resistir e convidei minha imprudência para um clic em movimento, transgressão em ritmo de velocidade. A poesia da foto imaginada e revista em lapso de tempo, tornou-se fato - sensibilidade - desculpem, mas o acaso brindou-me com o sussurro da eternidade.
Vem
Traz o sono leve o sonho breve
(quando todas as portas fecham)
Talvez existam janelas entreabertas
ancoradas em nossas noites
Vem
o campo é santo
e as abelhas passam zumbindo
em busca de flores perfumadas
Mesmo que os sinos soem
anunciando o pouso
Mesmo que seja outono
e as folhas dormitem
antigas ilusões em nosso peito
faz dessas estranhas colméias
o doce abrigo da espera
camas, olhos, caminhos ...
Vem
e beija a superfície d'alma
neste toque delicado de libélula
Tuesday, October 10, 2006
alçando o vôo do prisoneiro liberto
"Há mais mistérios entre o céu e a terra do que sonha nossa vã filosofia ... " um mês antes do acidente com avião da empresa aérea GOL, tive um sonho, que de tão intrigante resolvi logo que acordei relata-lo em um poema- Sincronicidade? Premonição?O fato é que ao relê-lo não pude conter o espanto- as palavras transcendem a razão e oferecem uma oportunidade para reflexão.
AO RELENTO
Ao relento, releio o céu, turbinas e asas voam seus sonhos de espanto
Eles desconhecem o perigo da noite ingênua que consolam os desavisados .
meu quintal queima no calor de fagulhas...
Sinto medo.
Busco saídas enquanto a perna direita arde, o importante
Não é o que a alma desconhece , ainda bem, que passagens estreitas estão atentas ao meu desespero
Percebo e saio
Quero alguém para seduzir meus demônios, repartir meu pão amargo
Subo escadas na intenção de saber notícias, estou atônito
O horizonte esconde palácios esquivos e suposições no vinco de sorrisos incrédulos.
Sigo na contra-mão das barreiras, barricadas, oráculos
Sei que são santuários piratas, mesmo assim, acordo em meu peito vozes do respeito
no olhar do meu pai solene
O mistério segue o curso das simulações, nada é possível saber
Alço o vôo pesado, do prisioneiro liberto
Por que estou ansioso por mortos e feridos?
Eles desconhecem o perigo da noite ingênua que consolam os desavisados .
meu quintal queima no calor de fagulhas...
Sinto medo.
Busco saídas enquanto a perna direita arde, o importante
Não é o que a alma desconhece , ainda bem, que passagens estreitas estão atentas ao meu desespero
Percebo e saio
Quero alguém para seduzir meus demônios, repartir meu pão amargo
Subo escadas na intenção de saber notícias, estou atônito
O horizonte esconde palácios esquivos e suposições no vinco de sorrisos incrédulos.
Sigo na contra-mão das barreiras, barricadas, oráculos
Sei que são santuários piratas, mesmo assim, acordo em meu peito vozes do respeito
no olhar do meu pai solene
O mistério segue o curso das simulações, nada é possível saber
Alço o vôo pesado, do prisioneiro liberto
Por que estou ansioso por mortos e feridos?
Saturday, October 07, 2006
Quando o caudaloso rio humano invade as avenidas - chega outubro
Manhã cedo 1959, menino marajoara a galope na máquina do tempo, seguro pelas rédeas da mãe Iêrêcê (assim mesmo, como ela gostava, cheio de acentos). Um, dois, milhares de promesseiros , impressão primeira - digital do dedo polegar - o toque do simbólico.
Quando o caudaloso rio humano invade as avenidas da cidade morena encantada - CHEGA OUTUBRO. Transportam-se mistérios de se(mentes) flutuantes . Assim chegam o mangue, os pássaros, os botos , a alma da floresta - as forças do encantamento povoam as cabeças e as entranhas da serpente humana. São casas, braços, mãos pés descalços, embarcações ribeirinhas navegando em sonhos de miriti. Restos das velas coloridas agora ornamentando punhos e mentes.
"Vóis sois o lírio mimoso ... " enquanto as vozes da emoção envolve os corações, a Santinha segue em sua leveza conduzindo a correnteza da verdadeira esperança - a fé.
MIRITI CÌCLICO
Si o rio
Ri do cio
De si
O Círio
Ri o rir
Do riso ir
Em ci
Certo
Seria
Sermos como grãos
areia
O cicio
De si
rindo o riso
Em mi
(canções)
mas
Si o olho de ci
Olha no olho em mim
Surgem elos
Cera
Corda
Boiúna
no intimo do rio
margens passam
sementes passam
E a mãe do rio enfim amarra
Fitas (im)pulsos
No ritmo,
na correnteza,
da travessia
Em nós
Si o rio
Ri do cio
De si
O Círio
Ri o rir
Do riso ir
Em ci
Certo
Seria
Sermos como grãos
areia
O cicio
De si
rindo o riso
Em mi
(canções)
mas
Si o olho de ci
Olha no olho em mim
Surgem elos
Cera
Corda
Boiúna
no intimo do rio
margens passam
sementes passam
E a mãe do rio enfim amarra
Fitas (im)pulsos
No ritmo,
na correnteza,
da travessia
Em nós
Saturday, September 30, 2006
quando a eternidade revela seu rosto
A perenidade reside explicita(segundos),
no ùmido convite de teu olho vulva - (O) congelar,
vôo absoluto que o prisioneiro agora liberto oferece em transe.
Chove em setembro e teu sorriso orgásmico acorda a pedra equílibrio que habita meu sono.
O fantástico momentaneamente segue a pé,
pois estreitas são as passagens que conduzem meninos/homens ao cume.
O inusitado, permanece.
A espera de horas que o tempo abriga,
na curva remanso do rio eterno.
Friday, September 29, 2006
80 anos no caminho de marahu
Apenas anos não medidos (tempo não conta),chegam flutuando em folhas - ondas - O oceano - MAR de MAX MARTINS, tinta e caneta. Ouço a palavra subscrita, corrente de serena madrugada erótica. Sei lá, não sei como dizê-lo, melhor sabê-lo. Erguer o olhar por sôbre o muro liquefeito, destino Marahu, abrindo portas, cortinas e janelas. Acolher a palavra copulada no tecer de puro linho - homem/poéta.
Difícil é não sentir orgulho de viver neste espaço tempo e tentar seguir pegadas que a fina areia teia esconde. Parabéns Mestre Max!
Marahu
" A praia
A tarde se desdiz
te diz
se estende
e te dissolve"
Max Martins
Sunday, September 24, 2006
Ana calmamente...
Ana sorria em seus olhos esverdeados. Mirava segredos escondidos sob montanhas. Olhava além da figura percebida. Ana deixou de herança este olhar que sua filha guardou em sua Igreja viva.
Ana viajou em seus sonhos, cruzando pacientemente seu destino, vela bujarrona plena de vento.
Ana dormia e acordava Beneditos, Lucienes, Betos e o anjo Daniel. Ana fazia o café de bule, aquele que invade nossa alma e surpreende a vizinhança amiga. Quinta-feira, em seu ritual de meditação Ana subiu a escada, ligou a TV, deitou no sofá e calmamente desligou-se da vida...calmamente como fazem as acácias e as mangeuiras em um dia ensolarado em nossa Feliz Luzitânia (bendito ou benedito dia?)
Saturday, September 23, 2006
Nos caminhos do rio
Nos caminhos que agora velejo
Crescem horas e verdades
(sob a luz de distantes candieiros e àvidos besouros)
E quando perdidos em pensamentos - escrevo
Fluem de meus longos dedos
Gotas de orvalho, memórias e madrugadas
Sinto as raízes de tudo
Edificando as bases dos novos e perenes sonhos
Já não são sonhos tão lúdicos, mas nem por isso enfadonhos
São mantos delicados acolhendo anseios
De um velho menino
Que segue, segue, segue ...
Garimpando asas, céus azúis, anzóis e novas amizades
Hoje
Os eternos fantasmas são apenas brisa soprando
(no rosto que protege o sorriso no ancoradouro)
O permanente fitar do rio
Busca incessantemente a margem oposta, procurando o menino
Que brincava com seu olhar, além rio, ruas e lugares.
Observando aquela cidade
Todas as cidades reunidas fundem-se
Em suas Igrejas, cheiros, silêncios, músicas, palavras subscritas
Tenho medo
Tenho medo de que o encanto, perfumalize e desapareça
Evaporando as sementes, os peixes, a correnteza, o rio
E a razão da certeza
Crescem horas e verdades
(sob a luz de distantes candieiros e àvidos besouros)
E quando perdidos em pensamentos - escrevo
Fluem de meus longos dedos
Gotas de orvalho, memórias e madrugadas
Sinto as raízes de tudo
Edificando as bases dos novos e perenes sonhos
Já não são sonhos tão lúdicos, mas nem por isso enfadonhos
São mantos delicados acolhendo anseios
De um velho menino
Que segue, segue, segue ...
Garimpando asas, céus azúis, anzóis e novas amizades
Hoje
Os eternos fantasmas são apenas brisa soprando
(no rosto que protege o sorriso no ancoradouro)
O permanente fitar do rio
Busca incessantemente a margem oposta, procurando o menino
Que brincava com seu olhar, além rio, ruas e lugares.
Observando aquela cidade
Todas as cidades reunidas fundem-se
Em suas Igrejas, cheiros, silêncios, músicas, palavras subscritas
Tenho medo
Tenho medo de que o encanto, perfumalize e desapareça
Evaporando as sementes, os peixes, a correnteza, o rio
E a razão da certeza
Monday, September 18, 2006
Belém-Pará-Brasil - Era o verdadeiro boto sinhá...
Ontem no rio Guamá tinha um boto, despercebidamente por entre mururés e cobras grandes, a imprensa destas partes não viu, pois haviam muitos golfinhos vindos de outras plagas, com chapéus brilhantes e braçadas longas, isto é novidade e novidade dá Ibope. Os golfinhos foram enaltecidos, beberam nosso açai, tucupi e se foram com seus bronzeados vermelhos. Apenas os manos e manas bateram palmas no ritmo do carimbó(esse boto é nosso sinhá). E o boto chegou sereno por entre linhas de sonho , sabendo do encanto que vem das àguas da Baía de Guajará. Dignamente, sem alarde (e sem imprensa) chegou sorrindo, ouvindo a canção do seu clube mais querido. Da-lhe Igor!
Saturday, September 16, 2006
O hoje não tem foto, é apenas lugar reservado para homenagear meu ex Nokia 6265 (resolução 2.0 pixel), que menino brincou de levar, arma em punho, coração acelerado. Levou meu olho(s) hightec, olhos sem defeitos de visão (astgmatismo, miopia , hipermetropia..). Ainda posso captar seu olhar no esforço impune (até quando?) do pedir levando e sair com seu andar traquilo, dono da situação. Restou-me a surpresa, o desespero , a fragilidade exacerbada, a impotência e por final a vida. Foi tudo tão rápido, tão felino, bote de serpente. Quero agora agradece-lo, after day, por estar sorrindo...
menino brincou de roubar
O hoje não tem foto, é apenas lugar reservado para homenagear meu ex Nokia 6265 (resolução 2.0 pixel), que menino brincou de levar, arma em punho coração acelerado. Levou meu olho(s) hightec, olhos sem defeitos de visão (astgmatismo, miopia , hipermetropia..). Ainda posso captar seu olhar no esforço impune(até quando?) do pedir levando e sair com seu andar traquilo, dono da situação. Restou-me a surpresa, o desespero , a fragilidade exarcebida, a impotência e por final a vida. Foi tudo tão rápido, tão felino, bote de serpente. Quero agora agradece-lo, after day, por estar sorrindo...
Wednesday, September 13, 2006
Instante verde de reflexão
Nestes pratos verdes , flutuantes folhas, a pura porcelana clorofila - canta de vitórias e reginas (Ninfáceas) - Irmãs solidárias, ninfas do previlégio do ser antes do estar. eis a questão e o caminho cujo as pegadas conduzem a olhares famintos. A fome absoluta, aquela que não dói, apenas dormita. A face madura da necessidade que pré dita - conhecimento/sabedoria.
E como abelhas passivas, partimos em busca de flores e folhas malditas(Plastificadas) no outdoor da avenida. Desconhecemos a verdade real assumindos postos em nossas vidas. Ignoramos , e consequentemente perdemos a oportunidade, de um verde instante de reflexão bandida... devemos evitar a beleza?
Sunday, September 10, 2006
no abrigo leito do rio sereno
Os olhos , no entardecer cicatrizam, tecendo cortinas coloridas, aquarelas que contaminam a alma. Sinto-me pequeno, virus observador solitário no cume da montanha despertada em meu genoma(cordilheira).
A força imensa promove uma dança fantástica com a eternidade, entro na festa ciente de que sou coadjuvante, hora oportuna de agradecer à fonte divina do mistério. A verdade transvestida é algo inquietante, corcel negro com suas poderosas narinas lançando fumaça dourada, puro desalinho no firmamento.
O caos, galáxia derramando beleza por sobre esta cidade agora adormecendo(no abrigo leito do rio sereno) ... e o poéta solenemente entoa um canto:
E derrepente o rio ... o profundo rio
Raso em superfície, prenho de florestas , velas acesas e cantigas ao vento
O rio
Caminha veloz com asas de serpente, são anjos meninos da noite,
em seus rituais de leveza aparente.
A cidade rio quer adormecer, amparada nas mãos, braços, colos, rostos
na escuridão.
Sorriso em camera lenta. O Pôr-do-Sol comunga, reiventando a fé - que a luz interior não oxida
a catarse - o fundir da multidão
escurecendo na delineada margem, cujo agora o dia agoniza.
A mesma multidão que sente medo,
beija a face da emoção e deixa-se conduzir pela correnteza,
como velas partindo no tempo oceano
Saturday, September 09, 2006
O que a garça espera?
O clicar intruso do fotografo transcende o ato festivo da invasão de privacidade ou antever a caça alternativa submersa no plácido espelho? Escondidas, submergidas àrvores longelíneas, solicitam a atenção as avessas (ponta cabeça), plantam bananeiras e escorregam suas pernas compridas na imagem refletida, combinação perfeita com as pernas da ave estática. A monolítica garça sorri por entre olhos e duvida de minha intenção pacífica. Quero apenas saber de seus segrêdos de elegância, bela plumagem bandeira da paz. Porém em pura aflição, vislumbro a possibilidade na arte do disfarce de uma armadilha na espera da prêsa. Guerra e Paz se confundem na brilhante manhã de uma cidade ensolarada.
Uma Flôr no Parque
Hoje vi uma flôr estranha no parque, mas muito bela. Sonho na superficie espelhada ao largo da vida. O pleno espelho da lamina d'água é meu parceiro na visão comun, lados opostos, canto pleno do velejar poema. Tenho ciúme, mas é tolice, pois acredito ser o senhor deste universo avesso.
No solitário caminho (solitário?) , barbarella penetra o esconderijo do bolinha, fico surpreso pela quebra de resistência. Cosulto o I Ching. Fala de um exército que necessita de muita disciplina, treinamento e autocontrôle. O perigo ronda, mas obterei sucesso. O slogan é "não desistir jamais". Bom dia!
Subscribe to:
Posts (Atom)