Friday, October 12, 2007

a canção perene do homem da calça azul



a velocidade cerca os passos, pesa
na hora que o tempo urge, canção da verdade

e a verdade nasce esquecida,
pois não há ouvidos alertas
para quando a folha sente o vento
e sai a procura do tempo...



a calça azul balança no varal da vida , hiberna
tal qual a biruta apontando a direção de um olhar

no infinito - homem emoldurado na janela , solicita


pois a calça azul vazia,
abraça o vento - estabelece regras




uma vez que o homem nu, sente a medida certa, que limita
pois o navegador - sonha com a passagem estreita


a passagem estreita
impermanente sopro de velas e fitas
aquecendo a verdade (no útero da espera)
assim azul, a calça
levita