Saturday, September 30, 2006

quando a eternidade revela seu rosto




A perenidade reside explicita(segundos),
no ùmido convite de teu olho vulva - (O) congelar,
vôo absoluto que o prisioneiro agora liberto oferece em transe.
Chove em setembro e teu sorriso orgásmico acorda a pedra equílibrio que habita meu sono.
O fantástico momentaneamente segue a pé,
pois estreitas são as passagens que conduzem meninos/homens ao cume.
O inusitado, permanece.
A espera de horas que o tempo abriga,
na curva remanso do rio eterno.

Friday, September 29, 2006

80 anos no caminho de marahu



Apenas anos não medidos (tempo não conta),chegam flutuando em folhas - ondas - O oceano - MAR de MAX MARTINS, tinta e caneta. Ouço a palavra subscrita, corrente de serena madrugada erótica. Sei lá, não sei como dizê-lo, melhor sabê-lo. Erguer o olhar por sôbre o muro liquefeito, destino Marahu, abrindo portas, cortinas e janelas. Acolher a palavra copulada no tecer de puro linho - homem/poéta.
Difícil é não sentir orgulho de viver neste espaço tempo e tentar seguir pegadas que a fina areia teia esconde. Parabéns Mestre Max!
Marahu
" A praia
A tarde se desdiz
te diz
se estende
e te dissolve"
Max Martins

Sunday, September 24, 2006

Ana calmamente...


Ana sorria em seus olhos esverdeados. Mirava segredos escondidos sob montanhas. Olhava além da figura percebida. Ana deixou de herança este olhar que sua filha guardou em sua Igreja viva.
Ana viajou em seus sonhos, cruzando pacientemente seu destino, vela bujarrona plena de vento.
Ana dormia e acordava Beneditos, Lucienes, Betos e o anjo Daniel. Ana fazia o café de bule, aquele que invade nossa alma e surpreende a vizinhança amiga. Quinta-feira, em seu ritual de meditação Ana subiu a escada, ligou a TV, deitou no sofá e calmamente desligou-se da vida...calmamente como fazem as acácias e as mangeuiras em um dia ensolarado em nossa Feliz Luzitânia (bendito ou benedito dia?)

Saturday, September 23, 2006

Nos caminhos do rio

Nos caminhos que agora velejo
Crescem horas e verdades
(sob a luz de distantes candieiros e àvidos besouros)

E quando perdidos em pensamentos - escrevo
Fluem de meus longos dedos
Gotas de orvalho, memórias e madrugadas
Sinto as raízes de tudo
Edificando as bases dos novos e perenes sonhos

Já não são sonhos tão lúdicos, mas nem por isso enfadonhos
São mantos delicados acolhendo anseios
De um velho menino

Que segue, segue, segue ...

Garimpando asas, céus azúis, anzóis e novas amizades

Hoje
Os eternos fantasmas são apenas brisa soprando
(no rosto que protege o sorriso no ancoradouro)

O permanente fitar do rio
Busca incessantemente a margem oposta, procurando o menino
Que brincava com seu olhar, além rio, ruas e lugares.

Observando aquela cidade
Todas as cidades reunidas fundem-se
Em suas Igrejas, cheiros, silêncios, músicas, palavras subscritas

Tenho medo
Tenho medo de que o encanto, perfumalize e desapareça

Evaporando as sementes, os peixes, a correnteza, o rio
E a razão da certeza

Monday, September 18, 2006

Belém-Pará-Brasil - Era o verdadeiro boto sinhá...

Ontem no rio Guamá tinha um boto, despercebidamente por entre mururés e cobras grandes, a imprensa destas partes não viu, pois haviam muitos golfinhos vindos de outras plagas, com chapéus brilhantes e braçadas longas, isto é novidade e novidade dá Ibope. Os golfinhos foram enaltecidos, beberam nosso açai, tucupi e se foram com seus bronzeados vermelhos. Apenas os manos e manas bateram palmas no ritmo do carimbó(esse boto é nosso sinhá). E o boto chegou sereno por entre linhas de sonho , sabendo do encanto que vem das àguas da Baía de Guajará. Dignamente, sem alarde (e sem imprensa) chegou sorrindo, ouvindo a canção do seu clube mais querido. Da-lhe Igor!

Saturday, September 16, 2006

O hoje não tem foto, é apenas lugar reservado para homenagear meu ex Nokia 6265 (resolução 2.0 pixel), que menino brincou de levar, arma em punho, coração acelerado. Levou meu olho(s) hightec, olhos sem defeitos de visão (astgmatismo, miopia , hipermetropia..). Ainda posso captar seu olhar no esforço impune (até quando?) do pedir levando e sair com seu andar traquilo, dono da situação. Restou-me a surpresa, o desespero , a fragilidade exacerbada, a impotência e por final a vida. Foi tudo tão rápido, tão felino, bote de serpente. Quero agora agradece-lo, after day, por estar sorrindo...

menino brincou de roubar

O hoje não tem foto, é apenas lugar reservado para homenagear meu ex Nokia 6265 (resolução 2.0 pixel), que menino brincou de levar, arma em punho coração acelerado. Levou meu olho(s) hightec, olhos sem defeitos de visão (astgmatismo, miopia , hipermetropia..). Ainda posso captar seu olhar no esforço impune(até quando?) do pedir levando e sair com seu andar traquilo, dono da situação. Restou-me a surpresa, o desespero , a fragilidade exarcebida, a impotência e por final a vida. Foi tudo tão rápido, tão felino, bote de serpente. Quero agora agradece-lo, after day, por estar sorrindo...

Wednesday, September 13, 2006

Instante verde de reflexão


Nestes pratos verdes , flutuantes folhas, a pura porcelana clorofila - canta de vitórias e reginas (Ninfáceas) - Irmãs solidárias, ninfas do previlégio do ser antes do estar. eis a questão e o caminho cujo as pegadas conduzem a olhares famintos. A fome absoluta, aquela que não dói, apenas dormita. A face madura da necessidade que pré dita - conhecimento/sabedoria.
E como abelhas passivas, partimos em busca de flores e folhas malditas(Plastificadas) no outdoor da avenida. Desconhecemos a verdade real assumindos postos em nossas vidas. Ignoramos , e consequentemente perdemos a oportunidade, de um verde instante de reflexão bandida... devemos evitar a beleza?

Sunday, September 10, 2006

no abrigo leito do rio sereno



Os olhos , no entardecer cicatrizam, tecendo cortinas coloridas, aquarelas que contaminam a alma. Sinto-me pequeno, virus observador solitário no cume da montanha despertada em meu genoma(cordilheira).
A força imensa promove uma dança fantástica com a eternidade, entro na festa ciente de que sou coadjuvante, hora oportuna de agradecer à fonte divina do mistério. A verdade transvestida é algo inquietante, corcel negro com suas poderosas narinas lançando fumaça dourada, puro desalinho no firmamento.
O caos, galáxia derramando beleza por sobre esta cidade agora adormecendo(no abrigo leito do rio sereno) ... e o poéta solenemente entoa um canto:
E derrepente o rio ... o profundo rio
Raso em superfície, prenho de florestas , velas acesas e cantigas ao vento
O rio
Caminha veloz com asas de serpente, são anjos meninos da noite,
em seus rituais de leveza aparente.
A cidade rio quer adormecer, amparada nas mãos, braços, colos, rostos
na escuridão.
Sorriso em camera lenta. O Pôr-do-Sol comunga, reiventando a fé - que a luz interior não oxida
a catarse - o fundir da multidão
escurecendo na delineada margem, cujo agora o dia agoniza.
A mesma multidão que sente medo,
beija a face da emoção e deixa-se conduzir pela correnteza,
como velas partindo no tempo oceano

Saturday, September 09, 2006

O que a garça espera?


O clicar intruso do fotografo transcende o ato festivo da invasão de privacidade ou antever a caça alternativa submersa no plácido espelho? Escondidas, submergidas àrvores longelíneas, solicitam a atenção as avessas (ponta cabeça), plantam bananeiras e escorregam suas pernas compridas na imagem refletida, combinação perfeita com as pernas da ave estática. A monolítica garça sorri por entre olhos e duvida de minha intenção pacífica. Quero apenas saber de seus segrêdos de elegância, bela plumagem bandeira da paz. Porém em pura aflição, vislumbro a possibilidade na arte do disfarce de uma armadilha na espera da prêsa. Guerra e Paz se confundem na brilhante manhã de uma cidade ensolarada.

Uma Flôr no Parque


Hoje vi uma flôr estranha no parque, mas muito bela. Sonho na superficie espelhada ao largo da vida. O pleno espelho da lamina d'água é meu parceiro na visão comun, lados opostos, canto pleno do velejar poema. Tenho ciúme, mas é tolice, pois acredito ser o senhor deste universo avesso.
No solitário caminho (solitário?) , barbarella penetra o esconderijo do bolinha, fico surpreso pela quebra de resistência. Cosulto o I Ching. Fala de um exército que necessita de muita disciplina, treinamento e autocontrôle. O perigo ronda, mas obterei sucesso. O slogan é "não desistir jamais". Bom dia!