na esquina,
cruzando semáforos velozes ,
a fumaça eterna , açoita teus olhos.
longe da fome das marés dos meninos esquecidos.
ferindo frases confortavelmente,
sento e seduzo através da iris embaçada da sala - cubro,
as paginas do livro esquecido sobre a mesa posta,
amarrotada - como mensagens embrulhadas ,
desditas na rua.
quando nada é tão perfeito, navego
no aceno brando,
deixando a proteção aparente do lago sereno,
para que nada seja possível esquecer.
pelo menos encontro,
face a face ,
o fio da lâmina - afiada
com o suor do rosto úmido,
cicatrizado ,
transporto apenas o fio fino da teia, ao rosto marmorizado
e privo os sentidos
da chuva ácida de tuas palavras verdes,
sublinhadas.
acelero,
e a porta semi-aberta da tua alcova,
emoldura, na faixa branca do asfalto
mangueiras perfiladas.
finjes não perceber...
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