dias estranhos
na palma da mão
soprados em beijos sutis
como palavras aranhas tecendo paredes
viajam invisíveis na rosa-do-vento
adormecida na superfície do rio
o rio,
a vara fincada por quem?
balança nervosa
pesadelos
o rio me diz de destino
e a criança em mim
sente medo
o olhar ralha
adormecido, tristonho
seguindo da popa
o aceno da vida
agora ligeira
mesmo sabendo
que o ritmo que finca
habita a margem
agora contendo
segredos
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