Nos caminhos que agora velejo
Crescem horas e verdades
(sob a luz de distantes candieiros e àvidos besouros)
E quando perdidos em pensamentos - escrevo
Fluem de meus longos dedos
Gotas de orvalho, memórias e madrugadas
Sinto as raízes de tudo
Edificando as bases dos novos e perenes sonhos
Já não são sonhos tão lúdicos, mas nem por isso enfadonhos
São mantos delicados acolhendo anseios
De um velho menino
Que segue, segue, segue ...
Garimpando asas, céus azúis, anzóis e novas amizades
Hoje
Os eternos fantasmas são apenas brisa soprando
(no rosto que protege o sorriso no ancoradouro)
O permanente fitar do rio
Busca incessantemente a margem oposta, procurando o menino
Que brincava com seu olhar, além rio, ruas e lugares.
Observando aquela cidade
Todas as cidades reunidas fundem-se
Em suas Igrejas, cheiros, silêncios, músicas, palavras subscritas
Tenho medo
Tenho medo de que o encanto, perfumalize e desapareça
Evaporando as sementes, os peixes, a correnteza, o rio
E a razão da certeza