no inicio, meio e fim
sobre aquela estiva infinita
encoberta pela chuva
incessante da manhã
ou da tarde?
habitam
frente a frente
a verdade e a mentira
todas as horas...
sorriem uma para outra
brincam de pira maromba
algumas vezes
caminham de mãos dadas
sem palavras
sem passaportes
sem brincos e pulseiras
sem o batom carmim
apenas com um anel
escondido na palma da mão
não ha fronteiras
que impeçam
a dança da sedução
pela qual oferecem seus dotes
(im)perfeitos, pretéritos
algumas vezes confundem
pela rara semelhança da tez serena
pelos traços humanos
são como cavalos de troia
aparecem no jardim pela noite
e assim permanecem
inesperadamente
em sonhos velozes
como sorvete de baunilha
no sol de verão
por elas morremos
seduzimos
matamos
envenenamos rios
no silencio contido
prisioneiro de lições recentes
embebidas em lençóis divinos
são amigas
macho
fêmea
pelas portas abertas
por
princesas
mendigas
estradas litorâneas
que circundam a vida
a vida
a vida
ávidas
divas
impulsivamente vivas
No comments:
Post a Comment