hoje entendo Pedro
ontem também...
Saturday, March 26, 2011
o de sempre na manhã cinza
no eter
do eu
eterno
a alma
o fruto das raizes
que o corpo
capta
embora
a rua felina
farta
repouse a rosa
sob as mãos
de kafta
a casca
lençol lilás
na porta aberta prata
silencie nós (moedas)
que o eco da tua voz
exalta
respostas
que nas paredes do desfiladeiro
o destino
grafa
do eu
eterno
a alma
o fruto das raizes
que o corpo
capta
embora
a rua felina
farta
repouse a rosa
sob as mãos
de kafta
a casca
lençol lilás
na porta aberta prata
silencie nós (moedas)
que o eco da tua voz
exalta
respostas
que nas paredes do desfiladeiro
o destino
grafa
Tuesday, March 08, 2011
uma outra superfície
sempre haverá um lugar
aonde não saberemos respirar
peixes , homens , aves
fugiremos ou não deste fato
perplexos ou aprendizes
subordinados ou livres
peixes, homens , aves
soluçando queixas, desterrados
improdutivos ou imortalizados
cheirando uma boa chícara de café ou de chá
na porta da tua ou da minha Igreja
há os que pensam que sabem ,
pensam que respiram todos os ares
libélulas dançando na frente dos sapos
peixes, homens , aves
sempre haverá um lugar...ou alguém
Monday, March 07, 2011

O Farol distante,quase não é percebido. Herculano é comandante experiente, sabe das coisas do rio (mar eterno mar ). Hoje navega um navio fatasma, cheio de ausência. Seu olhar esta fixo no tempo que as ondas conduzem. O vento diz de tempestades, balança vozes em seu peito cheios de medalhas. Os medos foram todos naufrágios esquecidos. Herculano é um bom marinheiro ... mas para muitos não conta. Sua bussola tem nome restrito, sabedoria -nada pode intimidar Herculano , assim dizem seus cabelos brancos. Seu braço direito traz inscrições , mensagens de um estranho alien que viajava em uma capsula hermética - " I want to tell you" - Há uma petála de rosa vermelha , equilibrando no ombro esquerdo de seu uniforme surrado. Os porões contem segredos de silencios contidos - manhãs sem tormentas. Herculano é filho do seu Manduca e de Dona Iara. Manduca, velho pescador das entrelinhas dos peraus e currais (sentinelas nas curvas do rio) - Manduca já não está entre nós , nem Dona Iara - agora ela declama seus poemas pelas noites de verão de um outro Marajó. Saudades de Manduca e de Iara permeiam as recordaçoes de Herculano. O Comandante agora também timoreiro , escuta as vozes noturna dos botos e boiúnas encantadas. Agora Herculano ouve um som diferente, que ecoa em sua cabine - É uma canção que diz o seguinte : " life is very short and there´s no time for fussing and fighting my friend .. " O farol continua em sua distância insondável .
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