Sunday, December 27, 2009

o silenciar da chuva


A chuva diminui, silencia. A melancolia desaparece e o céu ganha a cor das novas luzes. Os urubus rodopiam , no circulo da ritual procura. Talvez Gardan aprenda um pouco mais com essas aves de rapina, dentro da ocasião oportuna, no exato momento do saciar a fome. A fome do revitalizar sonhos, do possuir desejos latentes. A razão do existir por existir um objetivo - atravessar o rio . Será necessário voltar o rosto para aquilo que não se quer ver(ver-se) e quem sabe assim , ter o dominio da travessia?

O porto segue em linha reta na direção oposta ao rio. Outra direção? Principio ou fim? O rio será a rua ou a rua apenas um nome dado ao rio? Não importava, Gardan sempre possuiu em seu intimo de eternidade a vontade plena de conhecer o que havia no fim daquela rua. era tempo de descobrir segrêdos. O que haveria no fim desta rua infinita? Infinito será algo que nossa visão curta não alcança? Antes de atravessar o rio, talvez seja necessário comer a poeira desta longa estrada e conquistar conhecimento que poderão ajudar futuramente(futuro?). Gardan então viajou no pensamento, sentindo no jovem rosto a brisa suave da esperança.

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