Friday, October 12, 2007

a canção perene do homem da calça azul



a velocidade cerca os passos, pesa
na hora que o tempo urge, canção da verdade

e a verdade nasce esquecida,
pois não há ouvidos alertas
para quando a folha sente o vento
e sai a procura do tempo...



a calça azul balança no varal da vida , hiberna
tal qual a biruta apontando a direção de um olhar

no infinito - homem emoldurado na janela , solicita


pois a calça azul vazia,
abraça o vento - estabelece regras




uma vez que o homem nu, sente a medida certa, que limita
pois o navegador - sonha com a passagem estreita


a passagem estreita
impermanente sopro de velas e fitas
aquecendo a verdade (no útero da espera)
assim azul, a calça
levita












1 comment:

Iberê M. P. Bezerra said...

Um mundo perdido, com elos ainda a ser moldado na imensidão de palavras soltas talvez sem sentidos, mas preservando a ritmia do coração de um analfabeto! Que olha o mundo de uma maneira soberba e dilacerante com toda a honestidade de um menino criado por Pais de veias Poéticas e fantasiosas. Mano a vida é assim cheia de surpresas e elouquentes, mais temos que escrever para pessoas que entendam a alma desta imensidão de palavras, sem platéia o homem não pode sobreviver dos seus encantos poéticos. Te amo!