a chuva chega
banhando a calçada,
revelando uma outra palmeira
aquela que talvez não exista,
talvez não resista
ao forte calor da tarde
agora , frutifica no silencio de um sonho
escrevendo no chão, suas raízes
profundas
este também é o meu,
o teu espelho?
somos a imagem de nós mesmos,
verticalizando o inexplicável ?
reflexões de uma tarde úmida em Belém
na Estação das Docas, na Estação das Chuvas