Sunday, December 02, 2012
Homo Simbolicus
taxiando o desconforto
ela me atinge
tipo de terrorismo sutil
reconto dividas
no silencio quase absoluto
culpo a culpa
a violencia urbana
o cálice de vinho do Porto
culpo a mim
a música distante
a maça podre
os gafanhotos do antigo Egito
o enxame de abelhas africanas
não tenho como sorrir do destino
noto a pulseira dourada em seu pulso
e a fita verde que avisa soluções para tudo
o relógio, a espada e a cruz submetem pessoas
são palavras servis - servindo a mesa abastada
prefiro a oração comedida - improvisada
pois os servos procuram Reis e Rainhas
que não sabem silenciar sozinhos
não tenho como beber no oásis que descortina
pois meus bolsos estão plenos de tua sede
e livres de tua vontade
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